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Thursday, April 21, 2016

Brazilian Communists: The People will defeat villainy and the coup (English / Português)

Source: Solidnet.
Infamy and villainy were the main characters this Sunday (April 17th), in the House of Representatives. A session to fill with opprobrium those responsible for this hateful plot weaved by the Vice President of the Republic, Michel Temer, whose memory will bring shame to Brazilians for many generations.
By Socorro Gomes*.
He, who wants to usurp the mandate given to President Dilma through the vote of 54 million Brazilians, will have a place in history as a man who used his post as Vice President to plot and conspire and, going through the odious path of treason against the Constitution he swore to uphold, reach power without votes, trashing democracy and the people's will.
Driven by an uncontrollable ambition, Michel Temer has chosen those promoting the coup to offer his service as a hunting hound in a criminal gear. The master of ceremony in this fraudulent act masked as a trial for an inexistent crime against the fiscal order, the so-called “pedaladas”, was the House's President, Eduardo Cunha, who is a criminal defendant facing a process of destitution run by the House's Ethical Council, in trial for corruption in the Supreme Court. Just like buffoons are Representatives Jovair Arantes and Rogério Rosso. The alleged fiscal maneuvers (so-called “pedaladas”, a derogatory term) were not even mentioned by the Representatives while they declared their votes, in a clear demonstration of how unimportant for those “judging” is the subject of the report being voted.

For the majority of the right-wing in the House, what mattered was to move forward with the coup d'état against a progressive Government that removed 30 million Brazilians from extreme poverty, opened the Universities' doors for the workers' children, and brought electricity to all corners of Brazil. A Government that kept a respectful relationship with the other countries, raising the country's international relations to another level, putting Brazil in the hall of nations that help building a world of peace, which participates in the Latin-American and Caribbean integration, a protagonist in the struggle for the just cause of peoples and nations aspiring to development, justice and peace.
The conjunction of anti-democratic and anti-national interests has created a majority in the House who took a stroke against the rule of law, repealing the Brazilians' votes and annulling the sovereign results of the ballots.
In charge of the House and the session, presiding over the process of impeachment of the President of the Republic, he is one of the defendants in the “Lava Jato” (“Car Wash”) operation, against whom there are charges, supported by evidences, of money laundry and a payment scheme which he received through banks in Switzerland. The Union's Attorney
General José Eduardo Cardorzo, in his defense of the President, underlined that the House's President has acted for vengeance, when he had his interests undermined.
The scenes in the session that approved the process of impeachment of the Republic's President were depressing. Representatives of white and smooth faces, in their ballet of ignominy, mixed praises to family and God with cries loaded by hate against the landless, the homeless, against everything which comes close to the social protection of the excluded, or to the social policies driven towards the quest for social justice in a country which is the exclusivity of a minority of privileged and millionaires.
The coup d'état promoted by the forces in the masters' house, who have never accepted the progress of a project for social redemption and continental integration, brings serious dangers to peace in Brazil and in the continent, with repercussions in the world balance. For over a decade, Brazil has contributed to the success of humanity's just causes, self-determination, international cooperation and peace. Just like former President Lula said, when contacted by George W. Bush in search for support for the aggression against Iraq, in 2003, “Brazil's war is against hunger”. Destabilizing a government making its course towards peace and justice in the international realm is a service that those promoting the coup offer to the imperialist powers, which are in full-fledged offensive to retake their privileges in all Latin America.
The people, organized, will not accept a government of villainy and national treason. Brazilians will not accept a President who wishes to arrive to power through a coup d'état. Michel Temer will know the holy ire of millions of Brazilians. The people will turn their backs on him and will know how to defend their achievements, democracy and the rule of law. Having used the post as Vice President of the Republic to conspire against the Government of which he was a member has cover the very mandate with the coup's stain, a mandate he only has for being part of the presidential slate headed by Dilma Rousseff in two elections. Therefore, Michel Temer has stained the very Constitution he swore to defend, reason for which he should be impeached. The Front People's Brazil, the leftist and progressive political parties can and must push for a campaign in that direction.
There will be even more struggle against the coup, for democracy.
*Socorro Gomes is the President of the World Peace Council and of the Brazilian Center for Solidarity with the Peoples and Struggle for Peace (Cebrapaz).
Socorro Gomes: O povo brasileiro vai derrotar a vilania e o golpe
A infâmia e a vilania foram as protagonistas neste domingo (17/04), na Câmara dos Deputados. Uma sessão para encher de opróbrio os responsáveis da odiosa trama urdida pelo vice-presidente da República, Michel Temer, cuja lembrança vai encher de vergonha os brasileiros por muitas gerações.
Por Socorro Gomes*.
Aquele que quer usurpar o mandato conferido à presidenta Dilma pelo voto de 54 milhões de brasileiros passará à história como o homem que usou seu cargo de vice-presidente para tramar e conspirar e, percorrendo o odioso caminho da traição à Constituição que jurou defender, chegar ao poder sem votos, golpeando a democracia e a vontade popular.
Movido por incontrolável ambição, Michel Temer escolheu os golpistas para oferecer seus préstimos como sabujo de uma engrenagem criminosa. O mestre de cerimônia do ato fraudulento, travestido de julgamento de um inexistente crime contra a ordem fiscal, as chamadas pedaladas, foi Eduardo Cunha, réu em processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara e em processo por corrupção na Suprema Corte. Como bobos da corte, figuraram Jovair Arantes e Rogério Rosso. As chamadas pedaladas fiscais sequer foram citadas pelos deputados ao proclamarem seus votos, numa clara demonstração do quanto era desimportante para os “julgadores” o tema de que tratava o relatório em votação.
Para a maioria direitista da Câmara, o que importava era avançar no golpe de Estado contra um governo progressista que tirou da miséria 30 milhões de brasileiros, abriu as portas das Universidades aos filhos dos trabalhadores, levou a luz elétrica para todos os rincões do Brasil. Um governo que manteve uma relação respeitosa com todos os demais países, elevando as relações internacionais do país, colocando o Brasil no rol de nações que ajudam na construção de um mundo de paz, um partícipe da integração latino-americana e caribenha, um protagonista na luta pelas justas causas dos povos e nações que aspiram ao desenvolvimento, à justiça e à paz.
A conjunção de interesses antidemocráticos e antinacionais criou uma maioria na Câmara que desferiu um golpe contra o Estado de Direito, cassando o voto dos brasileiros e anulando o resultado soberano das urnas.
No comando da Casa e da sessão, presidindo o processo de impedimento da presidente da República, esteve aquele que é um dos réus da operação Lava Jato, sobre quem pesam acusações, com provas, de lavagem de dinheiro e recebimento de propinas depositadas em bancos na Suiça. Como assinalou o Advogado Geral da União, José Eduardo Cardozo ao fazer a defesa da presidenta, o presidente da Câmara agiu por vingança ao ter seus interesses contrariados.
Foram deprimentes as cenas da sessão que admitiu o processo de impeachment da presidenta da República. Deputados de caras brancas e lisas num balé da ignomínia mesclavam louvores à família e a Deus com gritos carregados de ódio contra os sem-terra, os sem-teto, contra tudo o que se aproximasse a proteção social aos excluídos, ou a políticas sociais que apontem no sentido de buscar justiça social num país que é apanágio de uma minoria de privilegiados e milhardários.
O golpe de Estado promovido pelas forças da casa grande que nunca aceitaram o avanço do projeto de redenção social e de integração continental, acarreta grave risco para a paz no Brasil e no continente, com repercussões no equilíbrio mundial. Há mais de uma década, o Brasil contribui para o êxito das causas justas da humanidade, a autodeterminação, a cooperação internacional e a paz. Como disse o ex-presidente Lula ao ser interpelado por George W. Bush para apoiar a guerra de agressão ao Iraque, em 2003, “a guerra do Brasil é contra a fome”. Desestabilizar um governo que percorre os caminhos da paz e da justiça no plano internacional é um serviço que os golpistas prestam às potências imperialistas, que estão em plena ofensiva para retomar seus privilégios em toda a América Latina.
O povo organizado não aceitará o governo da vilania e da traição nacional. Os brasileiros não aceitarão um presidente que chegar ao poder através de um golpe de Estado. Michel Temer conhecerá a ira santa dos milhões de brasileiros. O povo lhe dará as costas e saberá defender suas conquistas, a democracia e o Estado de direito. Tendo usado o cargo de vice-presidente da República para conspirar contra o governo de que fazia parte, cobriu da nódoa golpista o próprio mandato, que só adquiriu por ter sido integrante da chapa presidencial encabeçada por Dilma Rousseff em duas eleições. Assim, Michel Temer conspurcou a própria Constituição que jurou defender, razão pelas qual deve ser cassado. A Frente Brasil Popular, os partidos políticos de esquerda e progressistas podem e devem impulsionar uma campanha nesse sentido.
Vai haver ainda mais lutas contra o golpe, pela democracia.
*Socorro Gomes é presidenta do Conselho Mundial da Paz e do Cebrapaz.